Redução de rendas tira 3,1 milhões à Gebalis




A empresa que gere os bairros municipais de Lisboa (Gebalis) deixou de receber nos últimos dois anos e meio mais de três milhões de euros por causa das reduções de renda pedidas por famílias com dificuldades financeiras.


Segundo dados da Gebalis a que a Lusa teve acesso, com as reduções de rendas pontuais concedidas desde o verão de 2008 a empresa deixou de receber um total de 3,1 milhões de euros.
Dados revelados o ano passado pela autarquia davam conta que os pedidos de casas municipais tinha triplicado em 2010, com mais de 4.700 casos recebidos até final de Setembro.
De acordo com os valores registados pela Gebalis, no ano de 2008 a empresa deixou de receber 811 mil euros com as reduções de rendas que concedeu, valor que em 2009 subiu para 938 mil euros e o ano passado ultrapassou os 1,4 milhões.

A Gebalis, que gere mais de 23.000 fogos, tinha acumulado até ao verão do ano passado 18,3 milhões de rendas por pagar, com mais de 10.000 famílias com dívidas no final de Abril de 2010.
Os dados divulgados o ano passado pela autarquia apontavam que os bairros com maior volume de dívidas acumuladas, em termos absolutos, eram a Alta de Lisboa (Lumiar), a Boavista (Benfica), Padre Cruz (Carnide), Flamenga e Armador (Marvila) e o bairro do Casal dos Machados (Olivais).
Quando se analisa o peso relativo das dívidas face ao número de famílias do bairro a maior percentagem ocorria no Bairro Eduardo Bairrada (Ajuda), com quase metade (47,7 por cento) das famílias com rendas em atraso.

A autarquia anunciou esta semana que vai verificar as condições de mais de 26.000 famílias que moram em casas da autarquia - bairros sociais e património disperso -, para poder depois actualizar o valor das rendas de acordo com os rendimentos.

A verificação vai ser feita a partir de Março, ao ritmo de 1.500 por mês, e a prioridade no primeiro mês vai para as rendas de valor igual ou inferior a cinco euros.
Ficam fora da verificação as situações actualizadas ou atribuídas há menos de dois anos (cerca de 160 contratos de renda apoiada) ou as que estão em contencioso jurídico ou com processo de cessação em curso.

Noticia Lusa / SOL

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