Um possível Centro de Saúde no Bairro da Boavista

Bairro da Boavista pode vir a ter um Centro de Saúde


O concelho de Lisboa precisa de sete novas unidades de saúde e de substituir 18 das existentes, segundo as carências apontadas na Carta de Equipamentos de Saúde, mais acentuadas nas áreas de Sete Rios e Lapa.
De acordo com a Carta de Equipamentos de Saúde 2009, que a vereadora Ana Sara Brito leva à reunião de Câmara de quarta-feira e a que a Lusa teve acesso, são propostas novas unidades nas áreas de influência dos centros de saúde de Benfica, Lumiar, Sete Rios, Olivais, Marvila, Ajuda e Alameda.
Tendo em conta a propriedade municipal dos terrenos em causa, o documento aponta como passíveis de avançar de imediato as unidades no Parque das Nações, no Montinho de S. Gonçalo (Alta de Lisboa), em Carnide, Benfica (Rua Dr. Rodrigues Migueis), Campolide, Pedrouços, Vale da Ameixoeira e no Bairro da Boavista.
A carta de equipamentos de saúde faz o diagnóstico e apresenta propostas de redução de carências ao nível dos cuidados primários e continuados e inclui também um ponto da situação dos cuidados secundários ou hospitalares.
O documento foi elaborado com base na estimativa populacional para a cidade de Lisboa em 2007 e por isso ressalva que, numa segunda fase, deverá ser analisada a população que a cidade poderá vir a albergar e reavaliadas então as necessidades e garantidas as soluções.
As maiores carências ao nível dos cuidados de saúde primários situam-se nos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) de Sete Rios e Lapa
No primeiro caso (ACES - Sete Rios), na área de influência dos Centro de Saúde (CS) de Benfica, é proposta uma unidade de saúde em Carnide, a poente da Casa do Artista, para cobertura de toda a freguesia, substituindo a actual extensão de saúde instalada num pré-fabricado na Quinta do Bacelo, com maus acessos e que apenas cobre 25 por cento dos utentes.
É ainda proposta uma unidade nova no Bairro da Boavista, dada a distância do bairro à extensão mais próxima.
Na Alta de Lisboa (Centro Saúde Lumiar) é proposta uma unidade no Montinho de S. Gonçalo para substituir a da Charneca, já no concelho de Loures, e outra na Malha 18 /Alta de Lisboa Sul, para substituir as que funcionam em lojas na ex-Musgueira.
Recomenda que a capacidade das unidades de saúde na Alta de Lisboa seja calculada em função do número de habitantes previsto e não com base nos dados de 2007, uma vez que se trata de uma área ainda em expansão.
É ainda proposta, com carácter prioritário, uma nova unidade no Vale da Ameixoeira, junto à estrada militar, para abranger a população das freguesias da Charneca e Ameixoeira.
A prazo deverá ser equacionada a substituição das instalações da actual sede (Lumiar), instalada num edifício de habitação com seis pisos, com deficientes acessos, devendo ser analisada a possibilidade de criação de novas instalações perto do actual Hospital Pulido Valente.
Na área de influência do CS de Sete Rios é proposta uma nova unidade para substituir a do bairro das furnas.
Para desdobrar a cobertura do edifico sede, junto a Sete Rios, e aproximando os serviços da zona central de Campolide, é proposta uma nova unidade aproveitando o recinto do antigo Mercado Municipal.
No ACES da Lapa, na área de influência do CS da Ajuda, é proposta a substituição da unidade da Travessa das Florindas por duas unidades separadas para cobrir toda a população da Ajuda (Hospital Militar) e do Restelo (EPUL Alto do Restelo).
No território abrangido pelo CS de Alcântara, uma área extensa que integra duas freguesias, apenas servido hoje por uma unidade, a substituir, são propostas duas: Alcântara e Pedrouços, para a qual é sugerida a afectação de uma parcela municipal.
Quanto à zona de influência do CS do Coração de Jesus, propõem-se o abandono das duas actuais instalações, substituindo-as por duas unidades, uma a construir numa parcela de terreno propriedade do Ministério da Saúde na Rua Pedro Nunes e outra a instalar num dos hospitais a desactivar no centro da cidade.
Para a área abrangida pelo CS Luz Soriano, é proposta a substituição da actual unidade do bairro Alto por duas, uma delas na mesma zona, reaproveitando um edifício devoluto, e outra na zona ribeirinha do Aterro da Boavista.
Na zona do CS de Sto. Condestável são propostas obras na actual unidade, mas a prazo esta será substituída por outras instalações na zona de Campo de Ourique, em conjunto com uma unidade de Cuidados Continuados, no âmbito do Plano de Pormenor das Amoreiras.
Na ACES dos Olivais, estão previstas obras na unidade da Travessa das Mónicas (Graça) para prolongar a capacidade de resposta. As instalações da rua do Alecrim e São Nicolau deverão ser substituídas por duas novas, uma na zona da Baixa e outra na Graça ainda sem localização definida.
Na zona de influência do CS dos Olivais deverá ser instalada uma nova unidade no Parque das Nações.
Para a cobertura da população de Olivais Sul é proposto o reaproveitamento das instalações do CATUS junto à Av. Marechal Gomes da Costa.
Na área de influência do CS de Marvila deverá ser criada uma nova unidade e na zona abrangida pelo CS de penha de França serão substituídas as instalações da Rua Luís Pinto Moitinho e na Rua Damasceno Monteiro, com a construção a médio prazo de novas instalações para cobrir o acréscimo de população previsto no vale de Santo António.
Está ainda em estudo a criação de duas unidades reaproveitando um armazém pertencente ao hospital de São José e um edifício propriedade da Segurança Social na Rua Angelina Vidal.
As actuais instalações no Largo do Intendente deverão ser desactivadas.
Para a área do Centro de Saúde da Alameda está prevista uma nova unidade na zona dos Olaias, para a qual se sugere a avaliação da viabilidade de utilização de parte do edifício dos Serviços Sociais da autarquia

(noticia Jornal Expresso/Agencia Lusa)

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