Jornal Sol - Maniche aposta na promoção do clube onde Jardim se fez treinador

Maniche aposta na promoção do clube onde Jardim se fez treinador

O antigo internacional português vai radicar-se na ilha de onde é natural Cristiano Ronaldo e planeia assumir o controlo total da AD Camacha, clube onde o atual treinador do Mónaco iniciou a carreira

Um novo passo na vida – e carreira – futebolística de Maniche. O antigo internacional português vai mudar-se para a Madeira e na mala leva a ambição de tornar a Associação Desportiva da Camacha numa referência da região. Na próxima quinta-feira, o ex-jogador irá assinar um acordo com o clube madeirense que prevê a criação de uma SAD (Sociedade Anónima Desportiva), bem como o controlo total do plantel principal da Camacha, que esta temporada compete no Campeonato de Portugal, e também da sua equipa B.
Este protocolo, todavia, só deverá ter início efetivo a partir da próxima temporada (2018/19). Para já, Maniche privilegia a adaptação à vida na ilha, ele que é natural de Lisboa – além do facto da atual época futebolística já ter arrancado, o que acabaria por condicionar também eventuais tomadas de posição do ex-jogador no que respeita ao futebol da equipa de Santa Cruz, que marcou a carreira de um dos mais conceituados técnicos do futebol mundial na atualidade: Leonardo Jardim. O treinador do Mónaco deu os primeiros passos na profissão precisamente na Camacha em 2003/04, depois de vários anos como adjunto – conciliando esse papel com o de professor de Educação Física. Depois de quatro épocas bem sucedidas no clube madeirense rumou a Chaves, encetando então um percurso de sucesso que o levou por Beira-Mar, Braga, Olympiacos, Sporting e Mónaco, onde vem realizando um trabalho altamente meritório desde 2014/15.
Maniche encerrou a carreira de futebolista no fim da temporada 2010/11, com 33 anos, depois de ter representado “o clube do coração”: o Sporting (27 jogos e quatro golos), apesar de ter sido formado e lançado para o futebol no grande rival, Benfica. Para trás ficaram 16 temporadas recheadas de sucesso. Um jovem e imberbe Nuno Ribeiro (que ficou Maniche pelas semelhanças físicas e futebolísticas com o antigo internacional dinamarquês Michael Manniche, que passou nos anos 80 pelo Benfica) foi lançado na equipa principal das águias pelo saudoso Mário Wilson ainda com 17 anos na Taça UEFA, em 1995/96; seguiram-se três épocas a amadurecer no Alverca, então equipa-satélite do Benfica, até se dar o regresso à casa-mãe em 1999. Aí, tornou-se referência e até capitão de equipa, mas divergências com a direção presidida por Manuel Vilarinho levaram-no a ficar impedido de jogar durante toda a temporada de 2001/02, na qual treinou à parte do plantel.
Em 2002/03 deu o grande passo da carreira, transferindo-se para o FC Porto de José Mourinho – que sabia bem das suas qualidades, pois já o havia orientado na Luz. De dragão ao peito, o médio elevou-se à categoria dos melhores do mundo, venceu tudo o que havia para vencer, tornando-se imprescindível também para Luiz Felipe Scolari na seleção nacional. Passou por Dínamo de Moscovo, Chelsea (novamente com Mourinho), Inter de Milão, Atlético de Madrid e Colónia – só lhe faltou França para jogar nos Big Five – antes de regressar ao Sporting e aí colocar um ponto final na carreira.
Desde então, já regressou ao futebol em duas ocasiões, ambas como adjunto de Costinha, antigo colega em várias equipas e na seleção: em 2013/14, no Paços de Ferreira, e na última temporada, na Académica. Curiosamente, este ano não seguiu o amigo de sempre na sua incursão pelo Nacional, mas acabou por se decidir igualmente pela mudança para a Madeira, ilha que viu Cristiano Ronaldo nascer.

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