Loteamento de Iniciativa Municipal para o Bairro da Boavista
Projecto da zona da Alveraria (Ruas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 9)
O Bairro da Boavista é um bairro social da cidade de Lisboa, que acusa a existência de problemas sociais normalmente associados aos extractos da população de classe média baixa/baixa. O crescimento urbanístico e consequente aumento populacional originou a existência de uma heterogeneidade de culturas e realidades económicas distintas.
Presentemente o Bairro da Boavista apresenta uma malha urbana homogénea, estando os diversos arruamentos e edifícios, dispostos perpendicularmente ao desnível do terreno, e às ruas principais que atravessam o bairro e que estabelecem a ligação entre as cotas altimétricas de maior e menor nível, nos limites nascente e poente do lote.
No “miolo” da área de intervenção, existem dois equipamentos, uma igreja e uma escola, que formam a charneira do conjunto e estabelecem o eixo de simetria do Bairro.
Por forma a dar continuidade à malha e estrutura urbana existente, propomos um desenho urbano que reforça o desenho original do Bairro, caracterizado por uma simetria na implantação dos edifícios sobre um eixo que se estabelece sobre a escola, a igreja e a rua Rainha D. Maria I.
Transição do edificado com a Mata de Monsanto, com uma faixa arborizada que percorre toda a frente nascente da área de intervenção, permitindo que a Estrada do Outeiro continue arborizada nos dois lados. Os equipamentos propostos nessa faixa de transição com edificado de baixa altura (1 ou 2 pisos), libertando terreno para criar/manter a estrutura arbórea, estabelecem a transição pretendida.
Alinhamento das coberturas em todo o desenvolvimento dos lotes e frentes de rua, existindo apenas uma quebra, que estabelece o acerto no número de pisos com o desnível natural do terreno.
A estrutura viária proposta, visa libertar o centro do Bairro de todo o tráfego envolvente, quando este se realiza no percurso de ligação entre a Estrada do Outeiro e a Estrada de Circunvalação. O desenho, traçado e perfilamento propostos visam captar esse tráfego para a periferia do Bairro, capacitando essa via principal de estabelecer o referido atravessamento.
Devido ao desnível natural do terreno, que se pretende “vencer” de forma gradual, a proposta de desenho urbano criou plataformas no “miolo” dos quarteirões, desenvolvidas a diferentes níveis, o que permite acesso directos e de nível à rua, possibilitando ao mesmo tempo a acessibilidade a viaturas de emergência e socorro. As plataformas propostas pretendem-se vividas. Para tal, a acessibilidade pedonal aos vários blocos habitacionais, que as delimitam, far-se-á a partir das mesmas. Ao nível dos pisos 0, são propostas áreas comerciais e equipamentos vários, de forma a dotar o espaço de vivência.
Ficha Técnica
Dono de Obra
EPUL - Empresa Pública de Urbanização de Lisboa
Arquitectura
GJP Arquitectos Associados, Lda.
Colaboradores
Arqtª Patrícia Castilho
Arqtª Cláudia Guerra
Arqtª Joana Boavida
Arqtº Nuno Ferreira
Arqtº Artur Cabral
Paisagismo e Arranjos Exteriores
PROAP – Estudos e Projectos de Arquitectura Paisagista
Infraestruturas Viárias, Estacionamentos e Pedonais
Infraestruturas de Abastecimento de Água, Rega e Incêndios
Infraestruturas de Saneamento de Águas Residuais Domésticas e Pluviais
Infraestruturas de Gás Combustível Canalizado
Infraestruturas de Resíduos Sólidos Urbanos
DUCTOS – Sociedade de Projectos de Engenharia, Lda.
Infraestruturas de Electricidade
Infraestruturas de Iluminação Pública
Infraestruturas de Telecomunicações
Plano de Segurança e Saúde
EACE Engenheiros Associados – Consultores em Engenharia, Lda.
Estudo de Tráfego
ESTAC – Estudos de Estacionamento e Acessibilidade, Lda.
Acústica
Certiprojecto, Lda.
Maquete
GJP Arquitectos Associados, Lda.
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